domingo, 27 de março de 2016

CROQUI - ESCOLA DE ARQUITETURA


área externa - dois pontos de fuga 

área externa - um ponto de fuga 

área interna - dois pontos de fuga

área interna - um ponto de fuga

quinta-feira, 24 de março de 2016

COMPLEXO DA PAMPULHA



Em seu mandato como prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek encomendou a Oscar Niemeyer a construção de cinco edifícios no entorno da Lagoa da Pampulha: um cassino, uma casa de baile, um clube, uma igreja e um hotel, que não foi realizado. O projeto fez parte do plano de modernização da cidade, e intendia criar uma área de lazer de luxo num bairro pouco movimentado na época. Juntamente com o calculista Joaquim Cardoso e o paisagista Burle Marx, o conjunto foi inaugurado em maio de 1943.



O cassino, porém, teve suas portas fechadas em 1946 com a proibição do jogo em todo o país pelo presidente Dutra. Após alguns anos de abandono, em 1957 o edifício foi reinaugurado como Museu de Arte, e mantém tal função até hoje. Sobre o projeto, sua concepção foi influenciada pelos princípios funcionalistas de Le Corbusier.

Talvez a principal obra do complexo da Pampulha, a Igreja São Francisco de Assis, mais conhecida como Igreja da Pampulha, seja um local a parte, com bastante originalidade na arquitetura. Emoldurada pelas águas da lagoa, a igrejinha reúne as genialidades de Niemeyer, Burle Marx e do pintor Cândido Portinari em suas paredes. Essa combinação gerou a construção em linhas curvas totalmente revestidas em azulejos azuis tais quais os clássicos portugueses e pelos painéis que retratam a Via Sacra e a imagem de São Francisco.
No entanto, a modernidade de suas curvas causou um forte impacto na sociedade da época. As autoridades eclesiásticas não permitiram de imediato a consagração da capela devida à sua forma nada convencional para uma igreja, e ao painel de Portinari, por este retratar um cachorro representando um lobo junto a São Francisco. Por quase uma década e meia foi proibido o culto no local.

Na outra margem, o Iate Tênis Clube "é uma casa-barco de linhas duras que se lança sobre as águas tranquilas da lagoa", define Niemeyer. Com jardins também de Marx e revestido com os mesmos azulejos do cassino, o Iate se propunha a ser um local de lazer para a família, com ênfase nas atividades esportivas, principalmente as náuticas.


O conjunto arquitetônico de Niemeyer exibe ainda a Casa do Baile. Esta apresenta uma peculiaridade em relação ao restante do complexo, pois é a única construção que se encontra totalmente sobre uma ilha artificial ligada à orla apenas por uma pequena ponte feita de concreto. Criada para ser espaço de lazer e entretenimento nas noites da capital, a Casa do Baile rapidamente tornou-se palco de atividades musicais e dançantes. Frequentar o local era, antes de qualquer coisa, um símbolo de status. Com a proibição do jogo que inviabilizou o cassino, a antiga Casa do Baile acabou também fechando em 1948. Desde 2002, quando foi reaberta, o local abriga um centro que discute Urbanismo, Arquitetura e Design, vinculado à Fundação Municipal de Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte. 


Atualmente, o complexo da Pampulha inclui também o Mineirão, o Mineirinho, o Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rego, o Jardim Zoológico e outras edificações.

Fontes:
http://www.belohorizonte.mg.gov.br/local/atrativos-turisticos/culturais-lazer/museu-de-arte-da-pampulha
http://www.soubh.com.br/pontos-turisticos/lagoa-da-pampulha/
http://iabto.blogspot.com.br/2015/02/oscar-niemeyerum-arquiteto-e-quatro.html
http://www.belohorizonte.mg.gov.br/atrativos/roteiros/marcos-da-modernidade/arte-chamada-pampulha
http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/pampulha/
http://www.museuvirtualbrasil.com.br/museu_pampulha/modules/news3/article.php?storyid=22

domingo, 20 de março de 2016

DINÂMICA DOS OBJETOS – LÓGICA PROGRAMÁTICA


“O que caracteriza programas é o fato que são sistemas nos quais o acaso vira necessidade”. Esta passagem foi retirada do texto Nosso Programa, de Vilém Flusser, em que o autor conceitua lógica programática e tenta, através de exemplos e metáforas, explicar tal conceito ao leitor. Semelhante tentativa foi feita pelos professores em sala de aula, e bem-sucedida quando relacionada à dinâmica feita no pátio da Escola.
Por outro lado, ao pedirem para os alunos relacionarem seu objeto representativo com dois outros, as lógicas finalística, causal e programática confundiram-se para os alunos. As ligações que surgiram levaram em conta as ordens dos professores (causa) a fim de chegar num emaranhado de ligações em fita adesiva para posterior análise (finalidade). Enquanto apresentados os objetos pelos colegas, não relacionei o meu próprio com nenhum outro, apenas pensava em quais tinham significados interessantes. A escolha das minhas ligações foi feita somente para realização do exercício, e o critério utilizado foi a semelhança ou a oposição dos significados: o lençol, por representar, assim como minha chave, a segurança, o refúgio; e a bolsa, por opor-se à minha casa (fixa) e mostrar uma ‘casa’ (móvel).
Se falhei em ver o acaso nessas relações, talvez seja pelo fato de tentar explicar, nesta mesma sentença, a causa de minha falha. O entendimento do programa e a capacidade de abraçar o absurdo são exercícios difíceis, quando estamos cercados de outras lógicas diariamente, e espero, ao fim do curso, conseguir abstrair de tais predeterminações. E sim, eu vejo a finalidade nisto. 

quarta-feira, 16 de março de 2016

domingo, 13 de março de 2016

DIFERENÇA ENTRE ARQUITETURA E VESTUÁRIO

A comparação entre a arquitetura e o vestuário é do tipo que não cruzaria nossa mente caso não houvesse sido apresentada pelo professor Cabral. E mesmo após o contato com ela, ainda permanece a dificuldade em enxergar tal relação diretamente. Mas vamos lá.
Ambas funcionam como uma proteção para o corpo de maneiras distintas. A arquitetura, fixa, protege das intempéries climáticas; é mais abrangente, pode abrigar uma ou mais pessoas; é, em sua maioria, de longa duração. Os materiais usados em sua construção, apesar de possuírem os mesmos objetivos que os de uma roupa, são em sua maioria distintos dos usados nesta; seus ambientes possibilitam o uso de aparelhos como aquecedor e ar-condicionado (mais eficientes em climas extremos), além de servir de abrigo para o próprio vestuário.
A vestimenta, versátil, atende de forma mais direta a personalidade da pessoa que a utiliza, tendo diferentes formas em diferentes estações do ano (na arquitetura, a forma não muda, e sim os apetrechos como a própria roupa); é individual, não podendo abrigar mais de um indivíduo por vez, e não proporciona uma proteção para todas as partes do corpo em casos, por exemplo, de chuva. As mudanças ocorridas durante os anos, referentes ao vestuário, são mais evidentes que na arquitetura, e hoje em dia é algo com uma vida útil pequena.
Apesar das semelhanças e diferenças, são igualmente importantes na história da humanidade e na sociedade atual, seja para representar uma cultura ou mesmo um indivíduo em particular.

sexta-feira, 11 de março de 2016

SOBRE ANIMAÇÃO CULTURAL, DE VILÉM FLUSSER

Em “Animação Cultural”, Flusser aborda os objetos como seres prestes a protagonizarem uma revolução para a tomada de controle sobre as ações dos homens. Este manifesto apresentado pela personagem “mesa” nada mais representa que a já vigente dependência humana nos objetos, desde mesas, sacolas e roupas à tão polêmica internet e seus aparelhos reprodutores. Tal “revolução”, se considerada já em curso, não apresenta significante resistência por parte humana, ideia defendida pelo colega Sávio. Inclusive, a percepção desta realidade é algo pouco recorrente.
Outra característica apresentada no texto, logo em seu início, é a crescente funcionalidade dos objetos e seus efeitos nos homens, os quais procuram facilitar seu dia-a-dia por meio do uso de apetrechos. Isto faz com que os objetos tenham papel de destaque na formação cultural de uma sociedade, principalmente se observados os dias atuais, mas não podem ser os protagonistas pois ainda necessitam do homem para sua inclusão.
Entretanto, esta inversão de papeis desejada pela “mesa” traz um paradoxo, como apresentado pelo Luan: se os homens estão ficando mais dependentes dos objetos e, portanto, mais objetificados, estariam os objetos procurando uma humanificação? Mas o que seria ser humano atualmente, senão seres dependentes dos objetos? Onde estaria a “mesa” querendo chegar com complexa argumentação que não numa posição dependente dos humanos?