Em “Animação Cultural”, Flusser
aborda os objetos como seres prestes a protagonizarem uma revolução para a
tomada de controle sobre as ações dos homens. Este manifesto apresentado pela
personagem “mesa” nada mais representa que a já vigente dependência humana nos
objetos, desde mesas, sacolas e roupas à tão polêmica internet e seus aparelhos
reprodutores. Tal “revolução”, se considerada já em curso, não apresenta
significante resistência por parte humana, ideia defendida pelo colega Sávio.
Inclusive, a percepção desta realidade é algo pouco recorrente.
Outra característica apresentada
no texto, logo em seu início, é a crescente funcionalidade dos objetos e seus
efeitos nos homens, os quais procuram facilitar seu dia-a-dia por meio do uso
de apetrechos. Isto faz com que os objetos tenham papel de destaque na formação
cultural de uma sociedade, principalmente se observados os dias atuais, mas não
podem ser os protagonistas pois ainda necessitam do homem para sua inclusão.
Entretanto, esta inversão de
papeis desejada pela “mesa” traz um paradoxo, como apresentado pelo Luan: se os
homens estão ficando mais dependentes dos objetos e, portanto, mais
objetificados, estariam os objetos procurando uma humanificação? Mas o que
seria ser humano atualmente, senão seres dependentes dos objetos? Onde estaria
a “mesa” querendo chegar com complexa argumentação que não numa posição
dependente dos humanos?
Nenhum comentário:
Postar um comentário