domingo, 20 de março de 2016

DINÂMICA DOS OBJETOS – LÓGICA PROGRAMÁTICA


“O que caracteriza programas é o fato que são sistemas nos quais o acaso vira necessidade”. Esta passagem foi retirada do texto Nosso Programa, de Vilém Flusser, em que o autor conceitua lógica programática e tenta, através de exemplos e metáforas, explicar tal conceito ao leitor. Semelhante tentativa foi feita pelos professores em sala de aula, e bem-sucedida quando relacionada à dinâmica feita no pátio da Escola.
Por outro lado, ao pedirem para os alunos relacionarem seu objeto representativo com dois outros, as lógicas finalística, causal e programática confundiram-se para os alunos. As ligações que surgiram levaram em conta as ordens dos professores (causa) a fim de chegar num emaranhado de ligações em fita adesiva para posterior análise (finalidade). Enquanto apresentados os objetos pelos colegas, não relacionei o meu próprio com nenhum outro, apenas pensava em quais tinham significados interessantes. A escolha das minhas ligações foi feita somente para realização do exercício, e o critério utilizado foi a semelhança ou a oposição dos significados: o lençol, por representar, assim como minha chave, a segurança, o refúgio; e a bolsa, por opor-se à minha casa (fixa) e mostrar uma ‘casa’ (móvel).
Se falhei em ver o acaso nessas relações, talvez seja pelo fato de tentar explicar, nesta mesma sentença, a causa de minha falha. O entendimento do programa e a capacidade de abraçar o absurdo são exercícios difíceis, quando estamos cercados de outras lógicas diariamente, e espero, ao fim do curso, conseguir abstrair de tais predeterminações. E sim, eu vejo a finalidade nisto. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário