PARKOUR
Criado
na década de 90 por David Belle e colegas, foi inspirado nos feitos heróicos do
seu pai Raymond Belle – um guerreiro socorrista na guerra do Vietnã e herói do
corpo de bombeiros de elite de Paris. Seu treinamento visava não apenas o
desenvolvimento físico, mas também a formação do caráter de forma a preparar o
guerreiro para ser forte para ser útil (Georges
Hébert). Parkour é um treino de transposição de obstáculos do
seu ambiente, como escalar muros, equilibrar em corrimãos, ou saltar sobre
vãos. Porém, mais do que isso, é a incessante busca pelo
desenvolvimento da autonomia de nosso corpo e mente sobre os desafios do
cotidiano. Busca-se isso através do trabalho de força, resistência,
explosão muscular, equilíbrio, determinação, concentração, persistência, entre
vários outros atributos físicos e mentais necessários para alcançar o nosso
potencial. É também uma forma de desenvolver as capacidades físicas das
crianças, de redescobrir o vigor que os adultos acreditavam ter perdido, e
proporcionar uma grande satisfação emocional e melhoras nos mais diversos
aspectos da vida. O Parkour não é um esporte, ou
tampouco um esporte radical. Mais do que isso,
busca-se lidar com nosso próprio corpo sem a dependência de acessórios,
construir um corpo forte e duradouro, sair da zona de conforto e nos tornar
sempre melhores. Melhores para nós e para o mundo ao redor, e não uma busca por
riscos ou por adrenalina. Não há regras ou um juiz dizendo o que é certo
ou errado, não há competidores fazendo você ganhar ou perder, é uma batalha interna
entre você e o ambiente, ou de você contra você mesmo. Apenas você e o seu
corpo ditam as regras. Uma atividade rica em experiências e valores para o
desenvolvimento do ser humano em seu potencial. A superação de obstáculo
treinada no meio físico se transfere para as mais diversas dificuldades que
podemos encontrar em nossas vidas – “Eu não sabia que era capaz de fazer isso!”
é uma frase comum de se ouvir dos iniciantes que vão descobrindo em suas
habilidades um potencial inexplorado. Qualquer um pode praticar,
independentemente do tamanho do muro que você consegue subir ou o quão longe
pode saltar. O desafio está nos pequenos obstáculos para serem superados, na
sua capacidade de enxergar o desafio nos detalhes. Basta ter vontade de superar
seus obstáculos, não importa sua idade, gênero ou condição física.
FLANEUR
O termo flâneur vem do
francês e tem o significado de "vagabundo", "vadio", "
preguiçoso", que por sua vez vem do verbo francês flâner, que
significa "para passear". Charles Baudelaire desenvolveu um
significado para flâneur de "uma pessoa que anda
pela cidade a fim de experimentá-la". Ou seja, um flâneur é
alguém que vagueira sem compromisso por uma cidade, alguém que percorre as suas
ruas sem objetivo aparente, mas secretamente atento à história dos lugares,
observando as pessoas, a arquitetura e os espaços urbanos (e retirando prazer
estético nisso). O filósofo Walter Benjamin descreveu o
flâneur como um produto da vida moderna, um paralelo com o advento do
turismo. Benjamin tornou-se no seu próprio exemplo, observando o movimento
social e estético durante longas caminhadas por Paris. De resto, a capital
francesa é a cidade por excelência do flâneur. O flâneur é,
pois, aquele que observa o mundo que o cerca de maneira real e descritiva,
levando a vida para cada lugar que vê. O flâneur descreve (nem
que seja mentalmente) as cidades, as ruas, os becos, o mundo exterior. A rua é
o seu lar, o seu mundo. Ali nada é estranho ou prejudicial. Na rua ele sente-se
confortável e protegido. O flâneur do século XIX representou a
angústia da Revolução Industrial. Nos tempos modernos o flâneur confunde-se
com o turista mais atento e observador.
ROLEZINHOS
A gíria não é nova. “Dar um rolê” ou
“dar um rolezinho” são expressões já comuns em vários espaços urbanos e
expressam a prática de passear pela cidade, divertir-se. A diferença dos atuais
rolezinhos é que eles estão sendo programados a partir de redes sociais,
reunindo centenas (ou milhares) de jovens e dirigindo-se aos shoppings
centers. Os rolezinhos começaram a ser chamados por MCs após surgir
um projeto de lei na Câmara dos Vereadores de São Paulo que pretendia proibir a
realização de bailesfunk na cidade. O projeto foi vetado pelo
prefeito Fernando Haddad, mas os rolezinhos não pararam por aí. A maioria
desses jovens vive nas periferias das cidades. Ao chegarem aos centros
comerciais, eles passeiam pelos corredores e praças de alimentação, paqueram,
tiram fotos, cantam e executam alguns “passinhos” utilizados nos bailes funk.
Entretanto, o fenômeno não vem sendo
tratado apenas através dos mecanismos econômicos do capitalismo. Do mesmo modo
que ocorreu com as manifestações de junho de 2013, a repressão policial
aos rolezinhos – e agora também das administrações dos shoppings centers,
com sua polícia privada – fez com que o fenômeno tomasse um âmbito bem maior
que o inicial, passando a ser um assunto nacional. A preocupação dos
administradores está ligada ao fato de os “rolezinhos” possuírem uma grande
“potencialidade” de se transformarem em “arrastões”, resultando em furtos aos
lojistas dos centros comerciais. Além disso, os administradores desses
estabelecimentos argumentam que os rolezinhos colocam em risco a segurança de
trabalhadores, lojistas e clientes que frequentam esses locais. Com esses
argumentos, alguns shoppings centers conseguiram liminares judiciais para
impedir a realização dos rolezinhos, sendo possível a aplicação de multa aos
que infringirem a decisão judicial.
Por outro lado, os rolezinhos
levantaram um debate intrínseco à estrutura social brasileira, que é a discriminação
social e racial. Os jovens pobres das periferias — negros, em sua
maior parte — estão sendo impedidos de entrarem coletivamente nos templos de
consumo em que se transformaram os shoppings centers. A crítica é que as
administrações dos shoppings, com o apoio policial, estão segregando e
discriminando social e racialmente esse setor da sociedade brasileira,
reproduzindo, dessa forma, o racismo que sempre esteve presente na história do
Brasil.
FLASH MOB
O uso do termo flash mob data de
aproximadamente 1800, porém não da maneira como o conhecemos hoje. O termo foi
usado para descrever um grupo de prisioneiras da Tasmânia baseado no termo
flash language para o jargão que estas prisioneiras utilizavam. Ainda nesta
época o termo australiano flash mob foi usado para designar um segmento da
sociedade, e não um evento, não demonstrando nenhuma outra similaridade com o
termo moderno ou os eventos descritos por ele. Assim damos os fatos sem fala e
sim por atos.
Flash Mobs são aglomerações instantâneas de pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram. A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de e-mails ou meios de comunicação social.
Esse tipo de evento quando realizado de
forma organizada é bastante impactante, podendo-se usar a dança, mas também
muitas vezes se utiliza outros artifícios. Muitos são realizados em forma de
protesto ou também para homenagear alguém ou alguma coisa.
http://ohomemquesabiademasiado.blogspot.com.br/2014/08/o-leitor-e-flaneur.html
http://brasilescola.uol.com.br/historiab/rolezinhos-discriminacao-social.htm
http://www.mundodadanca.art.br/2011/05/flash-mob-o-que-e.html
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