quinta-feira, 12 de maio de 2016

GALERIA CILDO MEIRELES

Na visita ao Inhotim, realizada no dia 28 de abril, cada grupo foi inicialmente visitar a galeria que mais havia achado interessante de acordo com pesquisa prévia. Meu grupo escolheu a galeria do artista Cildo Meireles, principalmente por sua obra Através.


Logo ao entrar na sala onde a obra está instalada, nos deparamos com várias telas, arames, cercas, obstáculos no geral, dificultando a visão de algo fortemente iluminado no centro da instalação. Num primeiro momento houve aquela dúvida se poderíamos entrar na obra (sempre há dificuldade em saber quando você pode ou não tocar em uma obra), mas após instrução de um guia nos aventuramos pelos cacos de vidro que compõem o chão do local. Após um tempo de observação e fruição, nos reunimos para discutir os quesitos apontados previamente pelos professores. 


Primeiramente, tive a impressão que o prédio havia sido construído para a instalação, talvez porque ambos se complementam muito bem. Mas ao descobrir que esta edificação já existia no local quando o parque foi instalado, percebi que a escolha dela para a obra foi muito feliz, tanto esteticamente quanto para a experiência do observador. O pé direito alto traz uma maior imponência, intensificando a sensação que os obstáculos nos causam, e o chão de cimento queimado não rouba a atenção, mas também complementa a obra a ponto de dialogar com os tons e os materiais usados nela. Outra observação faz referência ao ambiente sonoro criado na interação com a instalação: enquanto as pessoas andam por entre os obstáculos, o som dos passos nos cacos de vidro dispostos no chão é potencializado pelo prédio, que o amplifica e intensifica a sensação de desespero que estes trazem.


O prédio em que a obra está localizada comporta apenas outras duas obras, cada qual em uma sala separada. O acesso a estas salas dá-se logo na entrada, com três portas e um funcionário do museu ao lado de cada uma. Há certa sequência intuitiva para o percurso (a porta mais próxima será escolhida primeiro), mas há também a possibilidade de escolha e de idas e vindas entre as salas. Em uma maior escala, a galeria encontra-se escondida na paisagem no Inhotim, inclusive houve certa dificuldade em achá-la de longe pelo grupo. Quando a encontramos, surgiu a dúvida acerca da entrada, uma vez que chegamos a ela pela parte de trás e a porta que dava acesso à sala da obra Através era o tipo de porta que dá acesso a um local de "entrada permitida apenas a funcionários". 

Grupo fazendo o croqui do prédio
Se considerada a apresentação da observação dos outros grupos, a galeria do Cildo foi, para mim, a mais interessante e mais feliz em sua relação com o Inhotim. Esta opinião permaneceu mesmo após a visita a outras galerias, porém foram poucas as possíveis de serem visitadas devido ao curto tempo que tivemos.

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